RESENHA | A GAROTA DINAMARQUESA

Minha luta atual (não que seja algum sacrifício) é ver os filmes indicados ao oscar e que foram indicados ao golden globe desse ano (você...


Minha luta atual (não que seja algum sacrifício) é ver os filmes indicados ao oscar e que foram indicados ao golden globe desse ano (você pode ler minha listinha aqui).
O primeiro queridinho foi A Garota Dinamarquesa, um filme de Tom Hooper. Apesar, claro, de seus filmes milimetricamente calculados para estarem ao gostinho do oscar para ganharem os mais inimagináveis prêmios, não posso negar a sensibilidade do filme e quão esclarecedor ele é.

Eddie Redmayne interpretou Stephen Hawking em A Teoria de Tudo e agora dá vida a Lilli, a primeira mulher transexual que se tem registro.

O filme se passa no século XX, onde Lilli nasceu e cresceu como Einar Wegener, um pintor e ilustrador casado com Gerda, mais uma personagem riquíssima dentro do filme.
Ao decorrer da obra, vamos notando a transição de Einar para Lilli, onde ela mesma diz que sempre esteve ali, dentro dela, mas que Gerda ajudou-a a dar vida para Lilli.

A história é baseada em fatos reais, onde Lilli, presa ao corpo de Einar, foi a primeira transexual a fazer cirurgias genitais em 1930. Lilli Elbe morreu após complicações pós-cirúrgicas.


O filme é de uma sensibilidade maravilhosa.
Temos, na obra, uma personagem linda e que me conquistou com o sentimento puro que emana por ela. Gerda, esposa do até então Einar, vê todo o amor que sente por ele passando por uma transformação para senti-lo na mesma intensidade por Lilli. E permanece do seu lado, por toda a vida.

Entretanto, infelizmente, sinto que muitos detalhes faltaram, como um maior aprofundamento na transição e nos sentimentos de Lilli.

Em algumas cenas, como quando ela encontra-se com Sandhal e estão trocando beijos, ele a chama de Einar. Poderíamos estabelecer uma discussão de gênero nesse ponto, já que Sandhal sentia atração por Einar e seria homossexual, mas Lilli sente-se insultada nessa cena, deixando-o, pois Lilli não quer ser reconhecida como homem e nem que Sandhal sinta atração pelo Eirnar e, sim, pela mulher que ela é.

A discussão de gênero é ampla, é profunda e merece atenção e visibilidade, como a que o filme traz.

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